Rafting

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rafting

Muitas pessoas são apaixonadas por turismo de aventura e uma das modalidades preferidas dentro deste segmento é o rafting. A EZ Travel preparou esta página especial com absolutamente tudo sobre esta mania para quem adora misturar natureza com aventura molhada. Confira:

O que é rafting

Você pode nunca ter praticado ou buscado informações sobre rafting, mas certamente já viu fotos como a de cima: um grupo de pessoas equipadas com coletes salva-vidas, capacetes, remos e tudo mais descendo rios dos mais variados portes. Obstáculos como pedras, galhos de árvores e outros elementos da natureza garantem a aventura com boas doses de adrenalina.

O Brasil foi agraciado com diversos locais adequados para a prática do rafting. Em praticamente todos os Estados, podemos encontrar rios e corredeiras com dimensões e características próprias para esta atividade. Não é por acaso, portanto, que é um dos esportes da natureza que mais crescem no país, atraindo adeptos de todas as idades.

O significado da palavra “rafting”

Obviamente, “rafting” não é uma palavra em português e tampouco possui tradução literal. O termo “raft” isolado significa “jangada” ou “balsa” em inglês. Já o “ing” é a terminação no mesmo idioma para indicar o tempo verbal presente contínuo (ou progressivo).

Logo, se fossemos fazer uma tradução literal, seria algo como “Jangadeando”. Que bom que usamos a versão não traduzida. 😉

O rafting é seguro?

Muita gente fica preocupada com a segurança dos praticantes, pois considera que a atividade envolve riscos demasiados. Cabe ressaltar, no entanto, que o rafting (assim como seus similares) respeita vários protocolos de segurança para que possa ser praticado – mais para baixo listamos quais são eles. Em outras palavras, não basta ter um bote inflável e um grupo de pessoas para sair descendo as corredeiras. É necessário cumprir com as exigências legais.

A exploração comercial do rafting é regulamentado por Lei Geral do Turismo, de setembro de 2008. Ela descreve a personalidade jurídica que pode oferecer a prática, além de suas regras e obrigações, de forma a garantir que ofereça poucos riscos para profissionais, amadores ou simplesmente curiosos.

Os instrutores também devem ser qualificados de acordo com normas técnicas para obter a categorização de “Condutores de Rafting”. São avaliados e direcionados aos níveis mais adequados. A própria classificação dos rios, que tem abrangência internacional, contribui para aumentar a segurança.

Idade e experiência

Outro assunto que envolve segurança diz respeito aos critérios de idade e experiência. Mas felizmente não existe esse tipo de restrição. A rigor, pessoas de todas as idades podem praticar o rafting, ainda que não possuam experiência anterior. O que importa é certificar-se de qua a empresa que está ofertando o serviço atenda aos protocolos de segurança e tenha condutores qualificados.

Claro que há outros fatores: embora não seja obrigatório, em virtude de equipamentos de segurança como coletes salva-vidas, é recomendável que a pessoa saiba nadar ou que não tenha medo de água. Também é importante que não tenha problemas relacionados com equilíbrio

Dadas essas ressalvas, o rafting é uma excelente opção para quem deseja praticar uma aventura segura, inclusive para iniciados.

Quanto custa praticar rafting

Os valores variam de acordo com a região do país (ou do mundo), do nível do rio e da empresa que oferece a prática do rafting. Na maioria dos casos, a modalidade ainda é combinada com mais atrações disponíveis, incluindo outros esportes da natureza e atividades de lazer – afinal de contas, os grupos costumam se deslocar para passar o dia inteiro no local, que em geral fica um pouco distante dos centros urbanos.

No Brasil, os preços ficam aproximadamente entre R$ 70 (um “passeio básico” de rafting) e R$ 300 por pessoa (considerando um pacote que inclui as demais atrações). Em geral, os equipamentos necessários estão incluídos – recomenda-se que a pessoa leve apenas roupas leves, tênis, protetor solar e repelentes.

Onde praticar rafting

Você pode praticar rafting em praticamente todos os Estados do país. Confira abaixo algumas cidades que contam com parceiros da EZ Travel (reforçamos que todos os valores mencionados são da data da publicação deste artigo):

Juquitiba (SP)

A Rio Abaixo surgiu em 1996. Logo, são 25 anos de experiência oferecendo rafting e diversas outras modalidades de aventura em nada menos do que 14 mil metros quadrados de área. O principal passeio de rafting é realizado pela manhã, com três horas de duração.

Dependendo da época a Rio Abaixo, oferece também a opção de rafting noturno. Recomenda-se ainda permanecer no local para o ‘Day Use”, no qual são oferecidas outras atividades como caiaque, Stand Up Paddle, Slack Line, Badminton, Vôlei e a Mega Rampa. Perfeito para toda a família.

Socorro (SP)

O município de Socorro fica a cerca de 135 quilômetros da capital São Paulo. Conta com diversas empresas conjugando aventura, experiências inusitadas e turismo rural. Em se tratando de rafting, há opções de trajetos de curta e longa duração – mais de três opções, passeios noturnos e também com pets.

As empresas locais oferecem ainda rapel, caving, caminhada, cicloturismo, voo duplo e passeio ecológico de bote, entre outras atividades de aventura e lazer.

Brotas (SP)


A EcoAção oferece rafting em Brotas. A empresa tem 21 anos de atividade e sua equipe já foi oito vezes campeã mundial na modalidade. Além do rafting tradicional, noturno, PET e mini, há opções com outros tipos de botes, como Duck, Boia Cross e KR.

O tradicional tem cerca de três horas de duração (oito quilômetros) e ocorre n Rio Jacaré Pepira, “um dos mais emocionantes do Brasil”. Além das opções no rio, há atividades nas alturas (como sky bike, queda livre e tirolesa noturna), ao ar livre (cavalgadas, trilha, buggy), na cachoeira e day use.

Quais as “regras” do rafting

Como todo esporte, o rafting também tem suas regras, porém, aqui não abordaremos as que regulamentam as competições nacionais e internacionais, até porque podem variar de uma para outra. Trataremos de uma espécie de código de conduta que deve ser seguido por todos os praticantes, tanto no sentido esportivo como no de atividade de lazer. O foco principal é a segurança. Confira:

  • Saber nada é uma exigência básica. Dado que o rafting um esporte que se prática na água, é indispensável que o desportista saiba nadar. Isso diminui consideravelmente os riscos de uma tragédia após algum incidente (ou acidente).
  • Utilizar sempre o colete. Trata-se de um acessório indispensável para a prática do rafting. Por isso, desde o começo da aventura e até o seu término, é obrigatório que o desportista esteja utilizando-o. Sua função é impedir que a pessoa afunde se, por algum motivo qualquer, cair do bote.
  •  Atentar para as técnicas necessárias para a prática do rafting. Trata-se de esporte dividido em níveis e respeitar cada um é uma regra básica para poder praticá-lo.
  •  Verificar a embarcação. O bote que será utilizado para a descida do rio deve estar em boas condições de uso para que toda a equipe possa praticar o esporte com segurança.
  • Utilizar o capacete. Se acontecer algum acidente no percurso, há o risco de o desportista ser atirado na água e sofrer alguma pancada.
  •  Marcar os locais para apoio de terra. O “apoio de terra” é um profissional que acompanha os desportistas fora da água, a fim de prestar socorro imediato, caso necessário. Ao iniciar a descida, a equipe deve saber onde estará posicionado este profissional para ter mais segurança durante o percurso.
  • Estar atento aos comandos. O instrutor de rafting é o profissional que acompanhará a equipe dentro do bote. Ele dará as orientações necessárias para que todo o trajeto seja feito em segurança. Por isso, todos devem ouvi-lo e seguir as suas orientações.

O que são os comandos do rafting

No rafting, os comandos são sinais dados pelo instrutor à equipe que está fazendo o trajeto. Como ele conhece bem o rio onde está sendo feita a descida, tem orientações importantes a dar aos tripulantes. Por exemplo, sabe quando a equipe deve avançar, recuar, ir para a direita ou para a esquerda. Para orientar os participantes, ele emite sinais sonoros e manuais com comandos fáceis de serem entendidos e executados. Confira abaixo os principais comandos dados pelos instrutores aos praticantes de rafting:

Comandos de remada

  • Frente;
  • Ré.
  • Direita ré/ esquerda frente;
  • Esquerda ré/ direita frente;
  • Parou.

Comandos de posicionamento

  • Segura;
  • Piso;
  • Peso à esquerda;
  • Peso à direita;
  • Peso à frente;
  • Peso atrás.

Os comandos são autoexplicativos e têm a função de fazer com que a equipe vença os obstáculos e finalize o percurso com segurança. Trata-se, portanto, de algo fundamental, já que as corredeiras escondem inúmeras armadilhas que podem atrapalhar a equipe. Dessa maneira, esse auxílio do instrutor se torna fundamental.

Equipamentos para rafting

Há alguns equipamentos que são de uso obrigatório para os atletas e praticantes ocasionais de rafting. A maioria, é claro, é relacionada com segurança, mas não necessariamente. Confira abaixo um checklist do que não pode faltar, incluindo aqueles itens que não são obrigatórios, mas que são bastante recomendáveis para uma experiência completa:

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é 1-2.pngBotes
São construídos de maneira específica para oferecer segurança aos praticantes da modalidade, com um material bastante resistente chamado “hypalon”. Ele é formado por meio da mistura do poliéster e do neoprene. O seu sistema é conhecido como auto esgotável, o que significa que a água escoa sozinha de dentro dele. Nele, existem duas boias, que servem para dar estabilidade à embarcação, especialmente quando ela está passando por maiores obstáculos. O bote de rafting possui entre 3,65 e 5,50 metros. Quanto maior, mais estabilidade. Há também os finca pés, que são acessórios utilizados para os tripulantes se firmarem no bote com mais segurança.
O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é 2-2.pngRemos
Os remos são indispensáveis não apenas porque utilizados pelos desportistas para movimentar e guiar o bote. Com pás de plástico bastante resistentes (geralmente em fibra de carbono), servem também para desviar de pedras e outros obstáculos, ou seja, para proteção do bote e da própria pessoa. Os cabos, feitos de alumínio, são bastante leves.
O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é Design-sem-nome-9.pngCalçado
É obrigatório também que o praticante do esporte utilizar um calçado que lhe dê estabilidade e segurança. Os tênis que oferecem melhor estabilidade são os completamente fechados e com solado de borracha. Com isso, oferecem melhor estabilidade e evitar ferimentos que possam ser provocados por pedras ou pancadas.
O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é Design-sem-nome-10.pngBomba de emergência
Os botes de rafting são equipados com uma bomba de emergência. O dispositivo serve para encher a embarcação em caso de perfuração e, assim, facilitar o remendo. Também é utilizada para esvaziar o bote quando é preciso guardá-lo.
O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é Design-sem-nome-11.pngColetes salva-vidas
Estes equipamentos são de uso obrigatório para todos os praticantes do rafting. Garantem aos desportistas maior segurança em caso de acidente e queda na água, pois eles facilitam a flutuação. Também é importante ressaltar que os coletes oferecem proteção ao corpo durante todo o trajeto.
O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é 3-2.pngCapacete
Todos os praticantes do rafting devem também utilizar o capacete, um equipamento de rafting de uso obrigatório. Este serve para conferir mais segurança ao desportista. Esse item feito com uma excelente resistência e assim oferece mais proteção contrachoques nas pedras ou entre os participantes.
O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é Design-sem-nome-12.pngRoupas
Nos dias frios, as roupas de neoprene são um item quase obrigatório para os esportistas do rafting, pois evitam que se termine o percurso com as roupas molhadas – ou congelando! Mas, claro, para os praticantes ocasionais em dias quentes, roupas leves são o suficiente, desde que acompanhadas de colete salva-vidas e demais itens de segurança.
O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é Design-sem-nome-13.pngCaiaque de segurança
Durante o trajeto, é comum que uma pessoa dentro de um caiaque acompanhe a equipe para dar suporte. Isso é relevante, porque normalmente é bastante experiente na prática do rafting e também do trajeto. Essa pessoa também costuma registrar a descida com fotos e vídeos para repassar aos participantes.

Na maioria dos casos, as empresas que ofertam esses serviços já disponibilizam os principais equipamentos para rafting. Entretanto, pode ser que alguns sejam ofertados para aluguel a parte.

O rafting é mesmo um esporte?

Sim! O rafting é classificado como um “desporto de aventura” pelo próprio Ministério do Esporte. Baseia-se na “prática de descida em corredeiras em equipe utilizando botes infláveis e equipamentos de segurança”. Há o papel do condutor da atividade que, antes de iniciada a descida, passa a todos os participantes instruções detalhadas de segurança, além daquelas que devem ser seguidas durante momentos estratégicos do percurso.

O rafting é, portanto, um esporte de equipe, com pessoas que devem trabalhar em conjunto para superar obstáculos propostos pela trajeto, incluindo ondas, vento, redemoinhos e a própria correnteza. Na prática ideal, cada participante assume uma função e deve desempenhá-la da melhor maneira possível.


Rio

Há associações, campeonatos brasileiros e até mundiais nas modalidades masculino e feminino em várias faixas etárias – até para menores de idade. O Brasil conquistou diversas competições internacionais na década passada. Em 2015, por exemplo, foi campeão mundial em quatro modalidades no mundial na Indonésia – mais abaixo, há um capítulo sobre modalidades e regras.

Já o rafting comercial, ou seja aquele que a maioria das pessoas pratica como atividade de lazer e diversão, deve seguir a Lei Geral do Turismo (LEI Nº 11.771, DE 17 DE SETEMBRO DE 2008 e Decreto 7381-2010). A empresa que explorar a modalidade deve atender a uma série de requisitos, a saber:

  • Ser uma empresa de turismo, com Certificado de Cadastro no Ministério do Turismo – CADASTUR;
  • Ter a norma técnica ABNT NBR ISO – 21.101 Sistema de Gestão da Segurança implementada;
  • Ter condutores qualificados de acordo com a norma técnica ABNT-NBR-15370 Competência de Pessoal – Condutores de Rafting.

História do rafting

Obviamente, os indígenas das mais diversas regiões já utilizam canoas e jangadas para transportar pessoas e suprimentos em rios pouco hospitaleiros. Já o rafting propriamente dito tem sua história contada emcom algumas variações.

Uma delas considera que o primeiro registro de uma tentativa de descida em corredeiras teria ocorrido em 1911. Sequer cita o nome do seu “autor”, mas acabou servido para batizar o Rio Snake (“cobra”), localizado no estado de Wyoming, Estados Unidos, de algo como “rio maluco”. Apenas em 9 de junho de 1940, uma equipe liderada por Clyde Smith teria concluído o percurso com sucesso.

Nessa época, os pioneiros da modalidade possuíam pouco domínio das muitas técnicas de condução de botes, que não eram concebidos especificamente para a prática do esporte, sendo sobretudo mais rígidos na comparação com os barcos atuais. Acidentes, tombamentos e choques nas pedras eram mais do que naturais. 

Era moderna

A que pode ser considerada a era moderna do rafting começou no ano de 1842, graças ao engenheiro, botânico e político norte-americano John Fremont. Ele fez seus primeiros percursos a bordo de um barco elaborado pelo pintor Horace H. Day, também dos Estados Unidos, especificamente para esta finalidade. 

Mesmo contando com poucos recursos, Freemort e Day conceberam o bote com quatro cabines separadas. Feito de tecido e borracha proveniente da Índia, era mais leve e flexível. Diferentemente de outros barcos, ainda continha fundo liso e formato retangular. Foi batizado de “Air Army Boats”.

Outra contribuição significativa para o avança do rafting foi promovida por Nataniel Galloway. Ele posicionou o banco do bote virado para a frente, transformando a prática. Tal mudança contribuiu bastante na execução das manobras e ajudou bastante os aventureiros a superarem os obstáculos impostos pela natureza.

Com tais características, barcos similares aos do rafting foram adotados como botes salva-vidas pelo exército norte-americano na Segunda Guerra Mundial. O aprimoramento dos equipamentos e também a descoberta de novos trajetos deram muita visibilidade para a prática nas décadas de 1950 e 1960, atraindo mais e mais adeptos.

Surgia então a exploração comercial do rafting, com passeis oferecidos nas corredeiras do Grand Canyon, nos Estados Unidos. O sucesso garantiu participação da modalidade nas olimpíadas de Munique (1972), Barcelona (1992) e Atlanta (1996), as duas últimas como apresentação.

Em 1997, Lee Porter e mais oito fundadores criaram a Federação Internacional de Rafting (IRF na sigla em inglês). Um ano depois, a Costa Rica sediava o primeiro campeonato mundial.

Rafting no Brasil

O esporte foi introduzido no país no começo da década de 1980. A TY-Y Expedições surgiu como a primeira empresa nacional especializada em rafting e passou a promover a prática nos rios Paraíba do Sul e Paraibuna, ambos no Estado do Rio de Janeiro. Porém, era mais procurada pelos estrangeiros que visitavam a região.

No final da década de 1990, a Canoar Rafting e Expedições inovou ao trazer a modalidade com remos individuais, uma importante inovação no Brasil. O esporte começou a se expandir em outros Estados, como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

As etapas do rafting

As competições de rafting podem ter alguma variação no regulamento, mas em geral são compostas por quatro etapas:

Sprint (ou tiro de velocidade)

É uma prova de velocidade, individual ou por equipes, que serve de etapa classificatória para a segunda (H2H ou sprint paralelo). Desce um bote de cada vez e o que vale é o cronômetro, ou seja, terminar o percurso no menor tempo possível. Tem curta distância, que geralmente é percorrida em até três minutos de remada, e vale 100 pontos, 10% da pontuação total.

H2H (ou sprint paralelo)

É considerada uma das modalidades de maior impacto visual, pois coloca dois botes em uma corrida de velocidade até a linha de chegada. É o sprint “cabeça a cabeça” (“H2H” significa “head to head”, em inglês) e também tem curta distância, normalmente de dois a três minutos. Além de valer 200 pontos, 20% do total, esta prova é uma espécie de “mata-mata”. O vencedor de um sprint disputa com o de outro até que sobrem somente dois para uma final.

Slalom

A partir daqui, as provas ficam mais longas e a destreza passa a ter tanto ou mais importância do que a velocidade. Os botes devem ser guiados em um percurso contendo 12 “portões” – deixar de passar em um ou mais acarreta infrações. Também não podem ser movidos ou tocados. Cada time desce duas vezes e o melhor tempo é computado. O slalom dá 300 pontos, 30% do total.

Downriver

É a maratona do rafting, com todos os times competindo ao mesmo tempo – Os pontos ganhos nas provas anteriores determinam o “grid de largada. Como as provas duram cerca de uma hora de corredeiras contínuas, não fazem diferença apenas a destreza e a velocidade, mas também a resistência. Downriver resulta em 400 pontos, o maior incremento na pontuação final.


Ecoaventura

Os níveis do rafting

Os níveis do rafting correspondem, na verdade, aos graus de dificuldade impostos pelas corredeiras. A “Escala Internacional das Dificuldade dos Rios” (International Scale of River Difficulty) foi elaborada por uma entidade chamada American Whitewater e tem abrangência internacional.

Vale ressaltar que ela não é exclusiva do rafting, mas amplamente utilizada nos mais diversos esportes praticados em rios e corredeiras, como canoagem, caiaque, stand up paddle e até outros menos conhecidos como o riverboarding e o boia cross, a canoagem, o caiaque e também o stand up paddle. Confira quais são:

Classe I – Fácil

Este é o nível onde as águas são mais rápidas a as ondas e pedras, pequenas. Há poucas obstruções, facilmente reconhecidas com raso treinamento do praticante. O risco é pequeno e o salvamento é fácil. É indicado, portanto, aos iniciantes no esporte.

Classe II – Iniciante

Nível onde as corredeiras são mais diretas, com trechos largos e canais bem evidentes. Nele, é imposta a necessidade de se aplicar algumas manobras ocasionais para um fácil desvio das pedras e outros obstáculos. Os praticantes raramente sofrem ferimentos. Quando o rio atinge maior velocidade maior, pode receber o nome de “Classe II+”. É indicado para iniciantes que estão em processo de evolução no esporte.

Classe III – Intermediário

As corredeiras são mais severas e irregulares, inundando o bote e tornando seu controle mais difícil. São necessárias manobras mais complexas para o controle do barco em meio a passagens estreitas. Ondas maiores e redemoinhos são mais frequentes neste nível, mas podem ser evitadas de forma fácil. Acidentes e salvamentos que dependem de terceiros são pouco comuns. Pode ganhar a classificação “III+” em alguns casos.

Classe IV – Avançado

Neste nível, começam a aparecer corredeiras mais intensas e poderosas. Ainda são previsíveis, mas requerem um controle preciso do bote. A depender do das ondas, buracos e passagens estreitas, a prática pode exigir a realização de manobras rápidas sob pressão. O perigo para os praticantes passa do moderado e a condição das águas pode tornar o processo de salvamento mais difícil. Quando o rio atinge o seu ápice, ele pode ser classificado como IV+.

Classe V – Especialista

As corredeiras se apresentam extremamente longas, violentas e com bastante obstruções que expõem os remadores a diversos riscos adicionais. Há ondas grandes e inevitáveis, com quedas íngremes e elevadas. A prática de rafting nesses rios acaba exigindo um elevado nível de preparo e qualificação. Eventuais salvamentos podem ser bastante difíceis, mesmo para os especialistas. Os equipamentos e o grupo de suporte são essenciais. Graças a enorme variedade de dificuldades que este rio oferece, há diversos subníveis: 5.1, 5.2, 5.3…

Classe VI – Extremo

Neste nível, os rios precisam ser evitados pois apresentam dificuldades extremas, com bastante imprevisibilidade e perigo. As consequências por eventuais erros podem ser bem graves e os resgastes costumam ser complicadíssimos. Pode ser explorado somente por equipes compostas por peritos e somente nos nos níveis de água mais favoráveis, com todas as devidas precauções tomadas.

Referências sobre o rafting